Afinal, como funciona um sensor de queda?
By Alfredo Odillon, 21 de dezembro de 2017,
Quedas podem acontecer com qualquer pessoa. Porém, estudos apontam que são mais frequentes em deficientes físicos, crianças, pessoas em recuperação e, principalmente, em idosos. Cair pode representar um alto risco para a saúde, sendo um das principais causas de injúrias. Atualmente este é um problema de saúde pública mundial, podendo afetar gravemente a vida das vítimas e de seus familiares.
Por conta disso há uma busca contínua por sistemas que possam de alguma forma auxiliar as pessoas a resolverem a situação de maneira ágil, aumentando a sensação de segurança. Além do mais, a assistência médica rápida é um diferencial para a redução de algumas consequências negativas das quedas.
Nesse ponto é que entra o sensor de queda. Eles permitem não somente a detecção do evento em tempo real, como também são uma forma de solicitar ajuda para a vítima, que pode estar desacordada e não ter condições de pedir socorro imediato.
Pensando em toda a tecnologia que pode estar envolvida nesse produto fica a pergunta: Afinal de contas, como é que funcionam esses sensores? Como é possível que um equipamento possa identificar o que é uma queda, dentre todos os movimentos que se pode realizar no dia a dia, e reportar com exatidão a necessidade de auxílio?
A resposta não é simples. A atividade desses sensores é determinada por uma programação de um grupo de algoritmos, ou seja, sequências de instruções definidas para realizar ações baseadas em equações matemáticas, nesse caso a partir de variáveis detectadas por dispositivos físicos dentro do equipamento. O resultado a ser monitorado por essas variáveis é determinado através de testes realizados em grupos de controle.
Diversas abordagens tem sido exploradas para viabilizar a detecção de uma queda, sendo que os esquemas de cada sensor dependerão do próprio do fabricante. Para ilustrar o funcionamento do equipamento, a seguir são apresentados alguns sistemas que, se combinados, podem compor um sensor de queda:
Detector de impacto: Dispara uma ação ao identificar uma colisão. Baseia-se em uma combinação entre tempo e posição do objeto (ou proximidade com outros objetos).
Monitoramento da postura: Classifica a postura humana básica – sentado, em pé ou deitado – bem como identifica situações que fogem a este padrão, como uma queda, por exemplo.
Giroscópio: monitora a rotação de um corpo em um espaço tridimensional. Consegue monitorar exatamente para qual direção o usuário está se movendo.
Acelerômetro: Detecta a inclinação dos objetos. Também é responsável por detectar a queda e gerar uma ação, como por exemplo enviar o sinal para o console.
A principal intenção da combinação desses sistemas é a de separar o momento da queda do que seriam atividades da vida diária (AVD). Dessa forma, o sensor terá maiores condições de reportar de forma rápida e eficiente a ocorrência do evento a uma central de monitoramento, a fim de agilizar o atendimento e minimizar as consequências da queda.
Uma vez que um dos principais objetivos da tecnologia na atualidade é o de proporcionar melhores condições de vida, é podemos dizer que o sensor de queda é um passo crucial nessa direção. Esse equipamento, que já está disponível no Brasil para o público, traz aos usuários e familiares mais independência, segurança e comodidade nas atividades da rotina.